

Natsu Doraguniru foi um famoso japonês caçador de Dragões e um dos quatro fundadores do Instituto Mahoutokoro. Em suas expedições, além de arrebatar centenas de aventureiros, trazia consigo a flor-de-cerejeira, seu estandarte, que, mais tarde, foi implantado no brasão da instituição. Era responsável e altruísta e, apesar de sua natureza bélica, era um amigo extremamente leal. Acreditava, sobretudo, que um dia se tornaria um dos mais primorosos bruxos do mundo, quiçá o melhor. Desafiado por alguns e vangloriado por outros, Natsu sempre agiu com determinação perante aos seus objetivos, viabilizando conquistas e realizações pessoais. Por intermédio da caça aos Dragões, angariava inúmeros privilégios ao vender partes destas criaturas, como a pele, os dentes e, em alguns casos, suas cabeças - muitas vezes destinadas a fins ornamentais. Uma parcela destes privilégios era compartilhada com os bruxos mais necessitados, concedendo-lhes uma estabilidade considerável em meio à sociedade japonesa; o restante, por seu turno, era partilhado com os demais fundadores, auxiliando-os no que diz respeito à concretização das obras do Instituto Mahoutokoro. Seguro em todas as suas decisões e emocionalmente instável, Natsu revelou-se como um homem de temperamento colérico e inflamado, combatendo arduamente os empecilhos que surgiam ao longo de seu percurso.

Naoro Masayasu foi um guerreiro samurai que viveu durante o Japão Feudal. Instruído sob os ideais de honestidade e lealdade, não contentava-se somente com os privilégios e pagamentos concedidos pelo seu daimyo (senhor feudal), tornando-se um dos homens mais ambiciosos de sua época. Dedicado e convicto em suas decisões, Naoro foi um dos precursores do movimento de valorização dos samurais, contribuindo para que, gradativamente, conquistassem funções militares na sociedade japonesa. Após ser condecorado como um dos samurais mais renomados do período feudal, Naoro juntou-se a Natsu, Kiharu e Tomoyo em prol da fundação do Instituto Mahoutokoro, compartilhando com seus aprendizes os princípios do código de honra Bushidô. Adotando métodos rigorosos de ensino, incluindo castigos físicos e morais, Masayasu tentou treinar os alunos sob as perspectivas de um guerreiro samurai, alternando entre as artes marciais e o confronto armado. Entretanto, não obtivera êxito devido às constantes reclamações advindas tanto dos próprios alunos - que alegavam desgaste físico e emocional após os treinos -, quanto do restante do corpo docente. Para não contrariar as expectativas do fundador, fora criado o Torneio Ronin - realizado a cada 3 anos -, no qual os bruxos confrontam-se a partir da conjuração e manipulação de lâminas. Desta forma, honram as memórias de seus antepassados e aprimoram suas habilidades em combate.

Kiharu Nakamura foi uma mulher delicada, doce e serena, a qual começou seus treinamentos como gueixa em uma idade muito jovem, aproximadamente aos 5 anos de idade. Normalmente associada à calma e tranquilidade, Kiharu era uma admiradora assídua das artes, compartilhando suas preciosas técnicas de aprendizado com as demais garotas que também se interessavam pela cultura japonesa. Sobretudo, Kiharu não hesitava em valorizar o sexo feminino, fator responsável por ascendê-la a uma das fundadoras mais importantes do Instituto Mahoutokoro. Priorizando o ensino das artes combinadas, a jovem Nakamura foi responsável por repassar os mistérios e tradições das gueixas à primeira geração de alunos do Instituto. Especialista na arte de encantar, Kiharu era detentora de um poderio surpreendente; sempre que possível, buscava associar a magia às artes, elaborando um sistema de ensino misto e diversificado. Todavia, sua relação com Tomoyo era instável: Conhecidas por serem duas personalidades incontestavelmente renomadas no Japão, tais bruxas nutriam certa rivalidade entre si, competindo sempre que possível; ora usufruíam da graciosidade, ora do intelecto. Entretanto, o profissionalismo muitas vezes sobressaía este sentimento de discórdia, deixando-o em segundo plano. Com um temperamento instável, a jovem Nakamura era uma representação fiel do elemento água: dependendo da situação, sua calma e auto-controle submergiam em meio à fúria das ondas do mar.

Tomoyo Daidōji foi a principal fundadora do Instituto Mahoutokoro, visto que sua magia bruta manifestou-se precocemente durante a infância. Seus pais pretendiam abandoná-la na entrada de algum templo budista sob a justificativa de estar sendo influenciada por algum demônio; no entanto, as Irmãs do Silêncio a acolheram antes que seus familiares a deserdassem, auxiliando-a a manipular a magia. Especializando-se essencialmente em encantamentos voltados para a mente - como legilimência e oclumência, por exemplo -, Tomoyo passou a exercer, ao lado das Irmãs do Silêncio, um papel fundamental em prol da justiça japonesa: vasculhava mentes criminosas à procura de culpados, podendo designá-los à prisão perpétua ou à pena de morte. Todavia, a jovem Daidōji, mediante incontáveis questionamentos a respeito da existência de outros indivíduos detentores da magia, abdicou sua posição como Irmã do Silêncio e propôs a criação de um Instituto para jovens bruxos e bruxas, contando com o apoio imprescindível dos demais fundadores. Usufruindo de tamanha intelectualidade e sabedoria, Tomoyo iniciou suas atividades em um antigo e inutilizado templo budista, ampliando gradativamente sua área de abrangência conforme a aceitação da sociedade bruxa japonesa. Daidōji é a fundadora do Ar, simbolizada por sua presença e personalidade serena.